‘Cultura estética e liberdade’ reúne o essencial da correspondência entre Schiller e o Príncipe de Augustenburg no período de fevereiro a dezembro 1793. Ela antecipa o conteúdo de ‘Sobre a educação estética do homem numa série de cartas’, considerado o texto mais importante de Schiller sobre filosofia e estética. A partir do princípio kantiano de que o belo não pode formar moralmente os homens ou predispô-los para a virtude, já que a conduta moral é uma escolha unicamente racional, Schiller desenvolve aqui a teoria de que o belo conforma os homens à sociabilidade. O gosto é, portanto, a faculdade no homem capaz de unificar sensibilidade e entendimento puro, que em seus extremos são avessos ao convívio social e à comunicabilidade entre os homens. Assim, apesar de ineficaz para tirar o homem do estado em que predominam as paixões sensíveis e elevá-lo à moralidade, o desenvolvimento do belo se mostra como a via capaz de propiciar harmonia ao mesmo tempo no individuo e na sociedade.
Giới thiệu về tác giả
Johann Christoph Friedrich von Schiller (Marbach am Neckar, 1759–Weimar, 1805) é, ao lado de Goethe, o poeta maior da língua alemã. Em 1780 conclui a sua formação acadêmica, obtendo o título de médico militar, profissão que jamais chegará a exercer. Um ano depois conclui a redação da peça Os bandidos’, que teve a sua primeira montagem no teatro da cidade de Mannheim. Schiller é aclamado pelo público, mas o conteúdo revolucionário da obra lhe custa duas semanas de reclusão. As dificuldades financeiras para se manter como escritor o obrigam a aceitar trabalhos por encomenda de editoras. A sua saúde não resiste à intensa rotina de trabalho e é vítima de graves enfermidades pulmonares. Com a nomeação para o cargo de professor de história em Jena no ano de 1789 passa a ter uma vida menos instável. Dentre a sua vasta produção intelectual vale citar, na lírica, ‘Canção do Sino’ (1790); na dramaturgia, ‘Dom Carlos’ (1788) e a trilogia ‘Wallenstein’ (1799); na filosofia, ‘Sobre a educação estética do homem’ (1795) e ‘Sobre poesia ingênua e sentimental’ (1795); na história, ‘História da Guerra dos Trinta Anos’ (1790); além de diversas traduções e romances. Schiller falece aos 45 anos vitimado de tuberculose.