Este livro é como uma belíssima larva que cresce no esterco: a ondulação e a suavidade aveludada do pensamento de Suely Rolnik, seu riso contagioso, a falta de vergonha e de medo lhe permite entrar nas camadas mais obscuras do fascismo contemporâneo, nos guiar nos lugares que mais nos aterrorizam e tirar dali algo com o que construir um horizonte de vida coletiva, uma artista cuja matéria é a pulsão. Uma cultivadora dos bichos-da-seda da ‘izquierda bajo la piel’. Não se pode pedir mais de uma escritora: devir-larva, cartografar a lama com a mesma precisão com que outro cartografaria uma mina de ouro. Por isso, leitores, adentrem com essa larva no magma da besta e busquem os germens da vida que, ainda que desconheçam, os rodeiam, e que, com uma torção do olhar, poderiam ser seus – poderia ser sua própria vida. [Paul B. Preciado]
Mục lục
LA IZQUIERDA BAJO LA PIEL – UM PRÓLOGO PARA SUELY ROLNIK POR PAUL B. PRECIADO
PRELÚDIO: PALAVRAS QUE AFLORAM DE UM NÓ NA GARGANTA
O INCONSCIENTE COLONIAL-CAPITALÍSTICO
INSSURGÊNCIAS MACRO E MICRO-POLÍTICAS: DESSEMELHANÇAS E ENTRELAÇAMENTO
A NOVA MODALIDADE DE GOLPE: UM SERIADO EM TRÊS TEMPORADAS
FINALE: DEZ SUGESTÕES PARA UMA CONTÍNUA DESCOLONIZAÇÃO DO INCONSCIENTE