Jazz band na sala da gente é a história romanceada do avô judeu de Alexandre, Eduardinho Staut, que nos anos 30 e 40, foi músico da pequena orquestra do interior de São Paulo ‘Pinhal Jazz’, assim como dono da funerária da cidade de Pinhal.
‘O livro de estreia de Alexandre Staut, tem uma linearidade, tanto da temática da narrativa quanto da linguagem, essa fluente e diáfana. O autor consegue penetrar o imaginário e a mitologia dos anos 40, sem incorrer em inverossimilhança, num romance que dá ideia do Brasil daqueles conturbados anos numa cidade do interior com seus valores, seus totens, seus moralismos, preconceitos e tensões. As figuras emblemáticas de Eduardinho , de Ondina, de Buduçu remetem às mesmas figuras folclóricas e recorrentes encontradiças em qualquer lugar do mundo, em Pinhal ou em Komala, em Cataguases ou Macondo. Como diz um personagem de Cyro dos Anjos, ‘a literatura se nutre do real’. Esse real redimensionado, essas vivên – cias retrabalhadas, com o amálgama da ficção edulcorando a memória, não deixam de recuperar a humanidade (e o universalismo) das histórias de pessoas comuns.’ (Ronaldo Cagiano)
关于作者
Alexandre Staut nasceu em Pinhal (SP), em 1973. Além de Jazz band na sala da gente (2010), publicou os romances Um lugar para se perder (2012) e O incêndio (2018), e o infantil A vizinha e a andorinha (2015). É também autor de Paris-Brest (Prêmio ‘Best French Cuisine Book’ do ‘Gourmand World Cookbook Awards’, em 2016), com memórias gastronômicas dos tempos em que trabalhou como cozinheiro na França. Como roteirista, escreveu o média-metragem ‘O anjo da guarda de Caio Fernando Abreu’, e como ator, atuou no filme ‘A moça do Calendário’, de Helena Ignez. É também pintor, e o idealizador da revista literária São Paulo Review e desta Folhas de Relva Edições.