Prezado leitor, este ensaio, carinhosamente intitulado de EU E O PEQUENO SABIÁ, é uma delicada narrativa que nos convida a adentrar no encantador mundo de um jovem menino e sua conexão com a natureza, que foi escrita com o máximo de cuidado e maestria pelo talentoso autor Paulo Azevêdo. A tese principal desta obra gira em torno da infância e dos valores essenciais como a alegria, a liberdade e a imaginação. EU E O PEQUENO SABIÁ traz para o leitor a história de Saulo, um menino feliz que mora em uma praia, cuja alegria contagiante e jeito de um ‘pequeno sabiá’ o tornam querido por toda a comunidade. Os personagens incluem o próprio Saulo, sua mãe, Lourdinha, a figura misteriosa de João Reis, um homem místico e um tanto assustador, do qual o pequeno Saulo faz questão de se manter bem longe. A trama se desenrola de forma cativante, revelando a perspectiva encantadora de Saulo sobre os eventos que o cercam. O autor, sendo ele o próprio Saulo, explora nesta obra temas como a inocência da infância, a conexão com a natureza e a presença do misticismo em comunidades tradicionais. Suas mensagens sobre a importância de valorizar a simplicidade e a alegria de viver são profundas e relevantes. E, mesmo na sua tenra idade, o personagem central, um menino criado e educado dentro dos ensinamentos religiosos, vê sua fé ser abalada, levando-o a questionar as atitudes atribuídas a Deus. E isso acontece quando ele perde o seu avô, a pessoa mais importante na sua vida, memo depois de ter feito uma rogativa a Deus, para que não o tirasse do seu convívio. ‘Eu não sou mais seu amigo’, desabafa o Pequeno Sabiá. O autor emprega uma linguagem rica e evocativa, com a utilização de imagens e metáforas que elevam a narrativa a um nível poético. Sua prosa é cuidadosamente construída, demonstrando maestria literária. O tom geral da obra é leve, contemplativo e nostálgico, criando uma atmosfera tranquila e encantadora que complementa perfeitamente a temática da infância e da simplicidade. Recomendamos vivamente a leitura desta obra de Paulo Azevêdo. Sua prosa evocativa, seu olhar sensível sobre a infância e sua capacidade de transportar o leitor para um mundo encantador são qualidades que certamente cativarão o público, pois possuem todo o suporte necessário para alcançar o sucesso que merece.
关于作者
Paulo Azevêdo nasceu em 09 de outubro de 1950, na cidade de João Pessoa, Estado da Paraíba, por volta das onze e meia da noite de um domingo, na Maternidade de nome Cândida Vargas. E ele chegou tão silenciosamente que sua mãe nem sentiu a tão temida dor do parto; quando deu fé… lá estava o cara, bem quietinho ao seu lado, morrendo de medo de levar umas palmadas da parteira ou do médico. Já existia o seu irmão, Isaac, a quem se acostumou a chamar de Tatá. Sua família era muito carente, mas nunca deixou de zelar pelos bons ensinamentos e, principalmente, respeito aos mais velhos e a verdade sobre todas as coisas. Em razão dessa precariedade financeira, Paulo e Isaac, ainda muito pequenos, um com 5 anos e o outro com 7, foram residir em um internato, chamado PINDOBAL, localizado na Zona Rural do Município de Mamanguape, de propriedade do Governo do Estado da Paraíba. Mantinha lá, uma escola profissionalizante para crianças carentes e menores infratores. Paulo Azevêdo permaneceu nesse internato até os dezesseis anos de idade. Depois que deixou o internato, no ano de 1966, em plena ditadura militar, por ocasião de uma passeata estudantil, que participou por mera curiosidade, Paulo foi confundido com um terrorista comunista, sendo preso pelo regime golpista, torturado, julgado e condenado a dois anos de reclusão, ficando encarcerado na Penitenciária da cidade de João Pessoa durante todo esse tempo. Por causa das perseguições políticas, mesmo depois de ter pago por um crime que não cometeu, teve que se mudar para o Rio de Janeiro, onde concluiu o curso de direito e morou por 12 anos. Hoje, mora em Recife, é pai de um belo rapaz, Isaac, tem sua Banca de advocacia em plena atividade e, quando sobra um tempinho, se ocupa escrevendo. Já escreveu 3 livros, ‘EU’ O SOLITÁRIO E O MAR, ‘EU’ E PÉTALAS PARTIDAS e ‘EU’ E A MADRUGADA. Não satisfeito, trouxe à tona as peripécias desse PEQUENO SABIÁ, com a promessa de continuar presenteando seus leitores com a segunda parte do Sabiá e outras obras. E não deixa de ser, e faz questão de ser, um paraibano ARRETADO.