Vivemos ‘em uma sociedade regida por algoritmos, que capturam numericamente a totalidade da vida, enquanto contribuímos, mais ou menos conscientemente, para a coleta constante de dados sobre nós. Isso significa que um valor pode ser extraído de tudo; nossa produtividade, medida em todas as áreas da vida. Esse conglomerado informacional dá origem a uma nova definição da relação entre trabalho e lazer, e a uma necessidade intensificada de controle preditivo’. Em Humanos hiperhíbridos: linguagens e cultura na segunda era da internet, Lucia Santaella aborda a relação entre os algoritmos e a sociedade moderna. A fim de aclarar essa questão, a autora traça um longo percurso de acontecimentos responsáveis por constituir a presente realidade: a instauração da era da mobilidade e a web 2.0; a dissolução das tradicionais fronteiras entre as mídias; o mergulho das sociedades e da cultura humana na conectividade, na mobilidade e na ubiquidade; a conversão do corpo e da cidade ciborgues em interfaces; o leitor ubíquo, com acesso à informação em qualquer lugar e a qualquer tempo; o humano habitando espaços hiperconectados e, consequentemente, hiperíbridos.
Sobre el autor
Lucia Santaella é pesquisadora 1 A do CNPq, professora titular na pós-graduação em Comunicação e Semiótica e na pós-graduação em Tecnologias da Inteligência e Design Digital (PUC-SP). Doutora em Teoria Literária pela PUC-SP e livre-docente em Ciências da Comunicação pela USP. Foi professora convidada em várias universidades no exterior. Já levou à defesa 245 mestres e doutores. Publicou 44 livros e organizou 16, como também perto de 400 artigos no Brasil e no exterior. Recebeu os prêmios Jabuti (2002, 2009, 2011, 2014), Sergio Motta (2005) e Luiz Beltrão (2010). Publicou pela PAULUS, entre outros: ▪ Temas e dilemas do pós-digital: a voz da política ▪ Culturas e artes do pós-humano: da cultura das mídias à cibernética ▪ Linguagens líquidas na era da mobilidade ▪ Corpo e comunicação: Sintoma da cultura.