Slow Food preconiza uma nova gastronomia. Ao gastrônomo cabe o papel que Carlo Petrini denomina ‘coprodutor’: não apenas o alienado elemento final de uma longa cadeia, mas alguém conhecedor da agricultura e pecuária, das condições dos trabalhadores do campo e da procedência dos produtos. Isso basta? Não. Ao gastrônomo, é imprescindível ser pessoa ativa na mudança do planeta, rejeitar alimentos provenientes de exploração humana, de meios de transporte poluidores em excesso e de empresas que arruínam culturas locais ao se instalarem nas comunidades. Além disso, todas as pessoas devem estar dispostas a pagar mais por tais alimentos.
E por quê? Para que um mundo mais justo e sustentável se torne realidade, onde globalização seja sinônimo de intercâmbio entre culturas ricas e distintas e não massificação sem rosto. Para que agricultores e pecuaristas voltem a ser donos da terra e não mais assalariados de latifúndios. E para que, ao sentar à mesa de um restaurante, tenhamos a consciência tranquila de que o prato diante de nós não seja fruto da exploração humana ou ambiental.
Com esta obra, o Senac São Paulo convoca o estudante de gastronomia, o chef renomado e o leitor em geral a ponderar seu papel na sociedade e o valor das escolhas.
Tabella dei contenuti
Nota da edição brasileira
Apresentação
Agradecimentos
Um quadro pouco animador
Diário 1: pimentões e tulipas
Diário 2: Tehuacán
Diário 3: Laguiole
Hoje em dia | Imigração
Um quadro pouco animador
Um destino único: natureza, homem e alimento
O ‘Relatório do milênio’
Devolver o alimento ao seu lugar central
Hoje em dia | Desperdício de alimentos
Agroindústria?
Uma nova agricultura para o planeta
O gastrônomo
Gastronomia e nova gastronomia
Diário 4: meus mestres de gastronomia – escritores, produtores, anfitriões e gourmets
A gastronomia
Diário 5: Alice
Diário 6: o grupo de Florença
Diário 7: prazer e saúde
Hoje em dia | Alimento e saúde
A nova gastronomia: definição
Hoje em dia | Granai Della Memoria
A qualidade como objetivo
Diário 8: os gostos da minha memória
Bom
Hoje em dia | Felicidade
Diário 9: os camarões indianos
Limpo
Hoje em dia | Sustentabilidade
Hoje em dia | Decrescimento
Diário 10: a verde Califórnia
Hoje em dia | Mercados agrícolas
Justo
Hoje em dia | O preço do alimento
Hoje em dia | Bom, limpo e justo: o sucesso de um slogan
Três ideias para colocar em prática
Diário 11: Nova York e a ideia dos Laboratórios do Gosto
A educação
Diário 12: os frangos capões da Feira de Morozzo
Coprodutores
Diário 13: Sir Howard
Diálogo entre reinos
Quem está atrás está atrás em que sentido?
Realizar
Diário 14: os sami e os mongóis
Formar uma rede
Hoje em dia | Formar uma rede
Diário 15: curto-circuito San Francisco-Bajardo
Realizar uma mudança cultural. Uma visão holística do mundo dos gastrônomos
Diário 16: Chiapas, Rockefeller e os camponeses apulianos
Estabelecer um sistema de distribuição da comida equânime e sustentável
Diário 17: a generosidade camponesa
Realizar um novo sistema de valores humanos para a rede dos gastrônomos
Conclusão
Apêndice
Do Manifesto sobre o Futuro da Comida
Posfácio
Bom, limpo e justo: dez anos depois
Bibliografia
Circa l’autore
Carlo Petrini é presidente internacional do movimento Slow Food, que fundou em 1986. Em 2004, foi considerado pela revista Time um herói europeu do nosso tempo na categoria ‘Inovador’. Em 2008, foi o único italiano listado entre as ’50 pessoas que podem salvar o planeta’ pelo jornal The Guardian. Em 2013, recebeu do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) o prêmio Campeões da Terra, o principal reconhecimento na área ambiental concedido pela ONU.