Neste ensaio original, o escritor Miguel Sanches Neto analisa o momento em que a literatura portuguesa do século XIX funciona como um fator de fortalecimento da produção brasileira, corrigindo os excessos do Modernismo.
Pela leitura enquanto apropriação, Graciliano Ramos faz de Eça de Queirós um contemporâneo e muda os rumos de nossa ficção.
Circa l’autore
Miguel Sanches Neto nasceu em 1965, em Bela Vista do Paraíso – Norte do Paraná. Em 1969, mudou-se para Peabiru, onde passou a infância. Com mestrado em Letras pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), doutorado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pós-doutorado pela Universidade do Minho, é professor de Literatura Brasileira na Universidade Estadual de Ponta Grossa, da qual é o atual reitor. Estreou com Inscrições a giz (1991), vencedor do Prêmio Nacional Luís Delfino de Poesia de 1989. Seguiram-se mais quatro livros de poemas: Venho de um país obscuro (2000), Abandono (2003), Pisador de horizontes (2006) e O rinoceronte ri (2006). É também autor dos romances Chove sobre minha infância (2000), Um amor anarquista (2005) e A primeira mulher (2008), Chá das cinco com o vampiro (2010), A máquina de madeira (2012), A segunda Pátria (2015), A bíblia do Che (2016), O último endereço de Eça de Queiroz (2022) e Inventar um avô (2023), de quatro volumes de contos, entre eles Hóspede secreto (2002), de dez coletâneas de crônica, entre elas Herdando uma biblioteca (2004), de livros infantis e de crítica literária. Foi colunista da Gazeta do Povo, da Carta Capital, do Valor Econômico, entre outros, e recebeu os prêmios Cruz e Sousa (2002) e Binacional das Artes e da Cultura Brasil-Argentina (2005).