Enquanto o processo colonizador gera ‘sobras viventes’, seres descartáveis, alguns conseguem virar sobreviventes – que podem virar ‘supraviventes: aqueles capazes de driblar a condição de exclusão, afirmando a vida como uma política de construção de conexões entre o ser humano e a natureza. Em tempos de pandemia, este ensaio levanta um conjunto de estratégias e táticas para que saibamos atuar nas batalhas árduas e constantes da guerra pelo encantamento do mundo, encantamento este que vem sendo ao longo do tempo trabalhado como uma gira política e poética que fala sobre outros modos de existir e de praticar o saber. Um manifesto a favor de uma ‘política de vida’, em contraponto à ‘política de morte’ que temos visto em nossa sociedade.
Despre autor
Luiz Antonio Simas é carioca, botafoguense, filho de pai catarinense e mãe pernambucana. Trabalha como professor de História e faz pesquisas sobre culturas populares do Brasil. É autor, entre outros, do ‘Almanaque Brasilidades’ (Bazar do Tempo, 2018), de ‘Pedrinhas miudinhas: ensaios sobre ruas, aldeias e terreiros’ (Mórula, 2013), de ‘Ode a Mauro Shampoo e outras histórias da várzea’ (Mórula, 2017), do ‘Dicionário da História Social do Samba’ (Civilização Brasileira, 2015), em parceria com Nei Lopes, de ‘O corpo encantado das ruas’ (Civilização Brasileira, 2019) e de ‘Fogo no mato: a ciência encantada das macumbas’ (Mórula, 2018) e "Flecha no tempo" (Mórula, 2019), estes dois últimos com Luiz
Rufino.
Luiz Rufino é carioca, filho de pai e mãe cearenses, pedagogo, doutor em Educação pela UERJ, pós-doutorado em Relações étnico-raciais, aprendiz de capoeira e curimba. É professor e autor de ‘Histórias e Saberes de Jongueiros’ (Multifoco, 2014), ‘Pedagogia das encruzilhadas’ (Mórula, 2019) e dos livros ‘Fogo no Mato: a ciência encantada das macumbas’ (Mórula, 2018) e ‘Flecha no Tempo’ (Mórula, 2019) em parceria com o historiador Luiz Antonio Simas.