‘Memórias sinceras’ reúne histórias dramáticas, picantes e humanas que Leilah Assumpção costurou com bom humor, ironia e muita alegria de viver. Vivências pessoais e profissionais em relatos que nos oferece generosamente, convidando a todos a comemorar com ela seus 50 anos de teatro.
Quando estreou como dramaturga, em 1969, com Fala baixo senão eu grito, já arrebatou um Molière. Ícone das gerações de 1960 e 1970, levou para os palcos a narrativa feminina que ainda não tinha encontrado voz. Enfrentou a moral da época e a censura do regime militar. Graduada na USP, brilhou como modelo nas passarelas da alta-costura, escreveu mais de uma dezena de peças de sucesso, fez cinema, publicou livros. Viveu os papéis de companheira, mãe e avó apaixonada.
Edição ilustrada com fotos do arquivo da autora, a maioria delas de autoria da grande fotógrafa paulista Vania Toledo.
Об авторе
Leilah Assumpção (Maria de Lourdes Torres de Assunção, Botucatu, 1943). Formada pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP), Leilah Assumpção se estabeleceu como dramaturga. Suas peças tratam principalmente da mulher e de sua situação na sociedade. Sua estreia se deu com Fala Baixo Senão Eu Grito (1969), em que Marília Pera, dirigida por Clóvis Bueno, brilhava no papel de uma mulher frustrada e reprimida.
Ela é autora ainda de Jorginho, o Machão (1970), que também teve direção de Clóvis Bueno, e de Amanhã, Amélia, de Manhã, dirigida primeiramente por Aderbal Freire Filho (1973), no Rio de Janeiro, e remontada por Antônio Abujamra, sob o nome de Roda Cor de Roda (1975), em São Paulo. Narrando a tomada de poder pelos militares sob a ótica das inquilinas de um pensionato para moças, Vejo um Vulto na Janela, Me Acudam que Eu Sou Donzela, escrita em 1964, só pôde estrear em 1979, com encenação de Emílio Di Biasi.