A era de medidas moderadas para combater as mudanças climáticas acabou.
Ao passo que desastres sem precedentes estão se tornando cada vez mais comuns e fatais, inclusive por causa das desigualdades, precisamos de mudanças políticas profundas e radicais. Mas precisamos articular isso com políticas de reativação econômica, que não coloquem trabalhadores e ambientalistas em lados opostos do ringue, quando eles são, na verdade, aliados naturais contra os opressores.
Um Green New Deal é a solução para enfrentar simultaneamente a emergência climática e a desigualdade galopante. Cortar as emissões de carbono e, ao mesmo tempo, gerar renda para a maioria da população é a única maneira de construir um movimento forte o suficiente para derrotar a dependência do petróleo, das grandes empresas e dos bilionários. O livro Um planeta a conquistar explora o potencial político e, também, os primeiros passos concretos de um projeto de desenvolvimento ambiental radical. Ele aponta para o desmantelamento da indústria que explora a natureza, a construção de belas paisagens de energia renovável, a garantia de um trabalho amigo do clima, moradias sem carbono e transporte público gratuito. Além disso, é um projeto totalmente viável que pode fortalecer os movimentos de justiça climática em todo o mundo.
Não fazemos política nas condições que escolhemos e ninguém escolheria esta crise. Mas as crises também apresentam oportunidades. Estamos à beira do desastre ambiental – mas também à beira de uma mudança transformadora e radical.
‘O livro Um planeta a conquistar é um grito de esperança. Escrito no âmbito de um movimento social, trata-se de uma proposta pragmática e otimista de reconstrução das formas de produção e consumo. Bebendo nas fontes de tradições progressistas norte-americanas, a proposta articula o enfrentamento da catástrofe ambiental iminente, a catástrofe da concentração de renda e do racismo estrutural, imaginando um futuro de prazer e bem-estar’.
– Raquel Rolnik, professora da USP
‘Ao contrário de tentativas anteriores de implementar leis de combate às mudanças climáticas, o Green New Deal tem a capacidade de mobilizar um movimento de massas interseccional de fato — não apesar de sua imensa ambição, mas exatamente por causa dela’.
– Naomi Klein, escritora e ativista
‘Um planeta a conquistar chega no momento perfeito, desafiando-nos a encontrar esperança e construir um mundo mais justo diante da catástrofe. Os autores descrevem soluções transformadoras para a crise climática que são economicamente viáveis e politicamente possíveis – se nos organizarmos e lutarmos para conquistar’.
– Varshini Prakash, Diretora Executiva, Movimento Sunrise
About the author
Alyssa Battistoni
é pós-doutoranda na Harvard University e editora da revista Jacobin. Seus artigos são publicados no The Guardian, n + 1, the Nation, Jacobin, In These Times, Dissent e no Chronicle of Higher Education.
Daniel Aldana Cohen
é professor assistente de Sociologia na Universidade da Pensilvânia, onde dirige o Socio-Spatial Climate Collaborative. Seus textos são publicados no The Guardian, Nature, The Nation, Jacobin, Public Books, Dissent e NACLA.
Kate Aronoff
é bolsista do Type Media Center e redatora colaboradora do The Intercept. Ela é co-editora de ‘We Own the Future’ e autora de ‘The New Denialism’. Seus textos são publicados no The Guardian, Rolling Stone, Harper’s, In These Times e Dissent.
Thea Riofrancos
é professora assistente de Ciência Política no Providence College e autora de Resource Radicals. Seus textos são publicados no The Guardian, n + 1, Jacobin, na Los Angeles Review of Books, Dissent e In These Times. Ela atua no comitê diretor do Grupo de Trabalho Ecossocialista da DSA.